Dicas de leituras

Escrevendo para web: pirâmide invertida x pirâmide deitada
Autores como Guilhermo Franco que escreveu o livro Como escrever para web: Elementos para a discussão e construção de manuais de redação online - cuja leitura eu já havia sugerido em outro post - acreditam que sim. Para esse autor, a pirâmide invertida atente a todos os pré-requisitos para apresentar conteúdos na web.
Nesse caso a construção segue as características básicas do lead, fase exploratória e informações complementares. Além disso, Franco demonstra a necessidade de se fechar uma idéia em cada parágrafo, já que a estrutura na web é não-linear, assim como no impresso.

O modelo básico acima é contestado por outros autores, incluindo Canavilhas já discutido nesse blog. Ele propõe um modelo de pirâmide deitada dividida em quatro níveis de leitura.
O primeiro nível, chamado unidade base, assim como na pirâmide invertida traz o lead com as tradicionais perguntas, o que (?), quando (?), quem (?) e onde (?).
No segundo, que é o da explicação, o autor deve responder ao por quê(?) e ao como(?).
No terceiro nível, chamado de contextualização, usa-se as ferramentas que a internet oferece que são vídeo, som, infografias animadas e outras.
O último nível, o de exploração, liga a notícia ao arquivo da publicação, ou a arquivos externos. É o momento em que se usa os hiperlinks que liga à matérias relacionadas ou a outras páginas com assuntos em comum.
Podemos perceber que a idéia básica da informação mais importante ser colocada em primeiro lugar se mantém. No entanto o formato da pirâmide deitada se mostra mais completa.
A meu ver esse modelo corresponde melhor ao que esta sendo produzido na web, além da simplicidade e linearidade proposta pelo modelo da pirâmide invertida, ainda que as idéias de ambas se complementem. Sugiro a leitura de Webjornalismo: Da pirâmide invertida à pirâmide deitada, de João Canavilhas, para entender melhor esse processo.

Novos templates para seu blog
Fazer um modelo próprio não podemos, mas escolher novos templates já criados – e não oferecidos pelo blogger no momento da criação – isso sim. Quer experimentar?
Primeiro acesse o site Hongkiat.com – um dos que oferece templates para baixar - e escolha entre os modelos oferecidos o que mais se identificar com o seu blog. Baixe o modelo que estará zipado e depois extraia os arquivos.
Faça login em seu blog e clique em layout / editar HTML. Procure o modelo que salvou em seu computador e clique no arquivo em XML. Faça upload e salve.
Sugiro que antes de salvar o novo modelo, baixe o atual para seu computador, caso queira recuperá-lo.
Fica a dica para vocês. Bom proveito!

Alerta para quem passa horas enfrente ao computador


Cobrar pelo conteúdo online é uma boa idéia?

Fiquei pensando nisso, e cheguei à conclusão que essa decisão me parece uma idéia infeliz. Foge um pouco da essência do Webjornalismo, sendo as informações tão amplamente divulgadas em grande quantidade no ciberespaço.
Porque pagar para ter acesso a determinada informação, quando a mesma notícia esta sendo “espalhada” por inúmeros sites abertos? Pela credibilidade, talvez? Conversa! A não ser que o site traga informações exclusivas que não podem ser encontradas em nenhum outro lugar, para mim pelo menos, exigir assinatura é uma “furada”. Um jeito rápido de perder boa parte dos leitores.

Para conferir

Abertas inscrições para curso online em português sobre Reportagem com Auxílio do Computador

Sobre o Knight Center

O Webjornalismo de Canavilhas
“A rádio diz, a televisão mostra, o jornal explica”. E a internet? Baseado nas Considerações gerais sobre jornalismo na web, de Canavilhas o jornalismo feito para internet, diz, mostra, explica e ainda possui uma linguagem própria.
No texto passado eu já havia citado algumas características do Webjornalismo que deixou de ser uma mera reprodução daquilo já publicado no jornal ou revista. A primeira delas, citada por Canavilhas, foi a interatividade.
Para começar devemos perceber que a posição de emissor (jornalista / meio de comunicação) e receptor passivo (público / sociedade) já faz parte do passado. A sociedade não mais absorve a informação sem uma triagem própria. Cada vez mais esse público busca fazer parte da produção das informações, o que com a internet 2.0 (a da interatividade) ficou possível e bem mais fácil.
Outra característica do webjornalismo, esta baseada nas próprias características da internet e do público que a utiliza. Os leitores da internet são tão diferentes quantos os de jornais e revistas. Percebeu-se que a leitura não segue mais a pirâmide invertida, essa que aprendemos nos cursos como essencial do jornalismo escrito. Aqueles que utilizam a internet preferem ler em blocos pequenos e interligados. O jornalista precisa ser conciso colocando cada idéia em um parágrafo.
A leitura na web tem que ser dinâmica e rápida. Guilhermo Franco no livro “Como escrever para a web: Elementos para a discussão e construção de manuais de redação online” (que aliás eu recomendo), mostrou um estudo do comportamento de usuários da internet e chegou a conclusão que quanto maiores os textos na web, maior a tendência do usuário abandonar a leitura e mudar de página. Quantos de vocês já não fizeram isso?
A última característica é convergência midiática. A capacidade de utilizar som, imagem (isso inclui elementos visuais) e texto. Não é preciso dizer que isso torna a leitura na internet não-linear. Canavilhas acredita que isso faz se exija uma maior concentração do leitor, o que é o objetivo do webjornalismo. Interação entre emissor e receptor.

Esse tal Webjornalismo
Num período em que o fluxo de informações na internet esta cada vez maior, como definir o que é e o que não é Webjornalismo? Falando no sentido prático e simplificado o jornalismo da web é aquele praticado na internet. Mas sendo dessa forma seria correto dizer que transcrever um texto jornalístico para uma plataforma da internet é Webjornalismo?
Eu respondo: Não, não é.
Esse tipo de jornalismo, assim como o radio/telejornalismo, o jornalismo para os jornais e revistas, possui suas particularidades.
De maneira um tanto resumida, para uma prévia definição com noções básicas sobre o assunto – sendo este o início do semestre – eu diria que as principais características do Webjornalismo são: Instantaneidade, interatividade, multimediação (ou convergências de mídias – vídeo, áudio, gráficos) e hipertextualidade.
Seria, enfim, um jornalismo que permite a rapidez na informação, a construção constante da notícia com informações novas a cada instante, a interatividade com o leitor, uma variedade e flexibilidade na formas em que a informação é disponibilizada e ainda oferece os hiperlinks que o levam a assuntos relacionados
A conceituação do Webjornalismo, entretanto, ainda é muito polêmica. Vários autores entendem o estilo de maneira diferente e o conceituam da forma como o interpretam. Mas isso é conversa para um próximo post.

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Sobre o blog
Este blog é um exercício para a disciplina de Webjornalismo do curso de Comunicação Social com habilitação em Jornalismo, da FASB.
